O governo do Estado parece querer conciliar a Polícia Militar (PM) e a Guarda Municipal (GM) de Londrina, que haviam finalizado um convênio firmado há três anos para a formação dos integrantes da corporação sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Defesa Social.
O secretário de Estado da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César, em passagem por Londrina nesta quinta-feira (22), disse que a Polícia Militar está de portas abertas para acompanhar a Guarda Municipal na retomada do treinamento e até mesmo em aulas de tiros.
Há três anos, a GM foi formada em Londrina. A empresa Delmondes & Dias foi contratada para realizar a formação, mas a PM foi a responsável por ministrar boa parte das aulas. Isso gerou, inclusive, um processo de improbidade administrativa contra a empresa, o prefeito Barbosa Neto e secretários municipais.
O processo de treinamento nunca foi concluído. As aulas de tiro, por exemplo, não foram dadas e, atualmente, o secretário municipal de Defesa Social, Jefferson Dias Chaves, tenta uma parceria com as forças policiais estaduais, já que a prefeitura gastou R$ 350 mil na compra de armas para a corporação, que precisa aprender a usá-las.
Reinaldo de Almeida César lembrou da importância de, além das aulas de tiros, a Guarda Municipal finalizar a formação básica. "O governo do Estado, a Secretaria de Segurança Pública, a Polícia Militar estão, como sempre estiveram, à inteira disposição da prefeitura de Londrina, da Secretaria de Defesa Social, da Guarda Municipal para retomada da formação, da capacitação dos integrantes da GM", disse à rádio CBN.
O secretário acredita que precisam ser definidos critérios para a continuidade do curso. "Se vamos retomar aquele processo de formação, se os integrantes vão completar os módulos que ainda faltam, se vão fazer prova objetiva para aferir conhecimento, fazer a parte de capacitação do manuseio de arma de fogo. Agora isso tudo é importante, é fundamental que se faça porque o profissional de segurança pública tem que ter uma formação diferenciada", defendeu.
A prefeitura e a Polícia Militar podem firmar um novo convênio, de acordo com César, sem que haja a intervenção do governo do Estado e da Secretaria de Segurança Pública. "Isso a própria PM e a prefeitura têm capacidade para sentar e conversar objetivamente para ver o que precisa ser feito", afirmou em entrevista à radio CBN.
Pouco antes das 11h desta sexta-feira (23), a reportagem de odiario.com tentou contato com o secretário de Defesa Social, Jefferson Dias Chaves, mas ele não atendeu ao celular. No telefone fixo da pasta, a ligação também não foi atendida.
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